domingo, 31 de julho de 2011

DESCENSORES METALICOS


DESCENSORES METALICOS
INTRODUÇÃO
Trataremos na segunda parte deste artigo sobre outro gênero de equipamentos metálicos, os DESCENSORES METÁLICOS, os quais se apresentam como fundamentais para a execução de uma técnica de descida por cordas, das mais treinadas pelas equipes de salvamento em altura na Aviação de Segurança Pública – o Rapel.
Devido às características da região em que cada equipe está situada, a demanda de salvamento pode exigir treinamento em número e qualidade acima do rotineiro. Por isso, é fundamental que os profissionais estejam abertos e habituados às novas técnicas de descida, com a utilização de novos equipamentos, que facilitem a operação e a tornem mais segura. Vale sempre lembrar que o cenário dessas operações exige sempre muita destreza e conhecimento dos riscos envolvidos.
Apresentamos a seguir os principais DESCENSORES METÁLICOS utilizados, tanto por profissionais da área esportiva, como da área de salvamento em altura:
OITO
Também chamado de Freio Oito, trata-se de um dos mais antigos e conhecidos mecanismos de frenagem. É um freio bastante difundido durante a formação de bombeiros militares e corporações especializadas. Sua função, como a de qualquer modo de frenagem, é diminuir o esforço que se faz ao descer pela corda. Isso é feito devido ao atrito que a corda faz com os orifícios (olhais) do oito.
Pode ser confeccionado em aço, alumínio ou duralumínio, além de possuir uma variedade muito grande de formatos e cores. Os mais usuais são o convencional e o de salvamento (com orelhas). Comparando-se os dois verificamos que o oito com orelhas tem melhor dissipação de calor, e suas orelhas não permitem a formação do nó “boca de lobo”, muito temido durante um rapel. Alguns modelos de oito com orelhas tem um orifício (ou olhal) central que permite que uma vítima seja conectada ao equipamento com segurança.
A técnica de passar a corda pelo equipamento é simples:
Vantagens: É um descensor muito versátil, de baixo custo, de uso simples e bastante durável.  Desvantagens:Provoca torções excessivas na corda, dissipa mal o calor provocado pelo atrito, não permite a graduação do atrito, e sua instalação na corda exige que seja desconectado (ou desclipado), momentaneamente, do mosquetão.
Cuidados: Por se tratar de um equipamento metálico é necessário que sejam observados todos os cuidados citados em nosso último artigo. Contudo a inspeção visual minuciosa e diária é obrigatória, visto que, após várias descidas podem ocorrer desgastes visíveis na pintura e nas paredes do oito de duralumínio e de alumínio, os quais podem condenar a sua utilização. Não há como definir a sua vida útil, no entanto, é necessário que o profissional tenha controle de tempo de utilização. Por isso orientamos a substituição após 05 (cinco) anos de uso constante, ou, quando verificado o desgaste excessivo em suas paredes.
Por ter várias desvantagens, há uma tendência em outros países de que seja progressivamente abandonado. No entanto, no Brasil é intensamente utilizado. No meio esportivo indica-se que o freio Oito seja utilizado para descidas não superiores a 25 metros em função das torções na corda, muito embora, sabemos que as equipes de salvamento realizam rapel, com o freio oito, em altura muito superior, justamente pela falta de cultura de utilização de equipamentos alternativos.



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