quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

AZELHA EM OITO DUPLO-ALÇADO
Nó muito utilizado em Sistemas de Ancoragem de Segurança - SAS. Pode-se utilizar as duas orelhas em um mesmo mosquetão e aumentar a superfície de contato entre a corda e o mosquetão. Perda de resistência aproximada de 18%.



sábado, 26 de janeiro de 2013

NR 35 (COMENTADA):
j) as condições impeditivas;
Condições impeditivas são aquelas situações que por serem extremamente perigosas para a realização do trabalho como as que ultrapassam os padrões ou limites de cautela como ventos e chuvas fortes ou que ultrapassem ...
k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador;
A queda não é o único perigo no trabalho em altura. Ficar pendurado pelo cinturão de
segurança é também perigoso.
Ficar pendurado pelo cinto de segurança gera a ¨suspensão inerte¨, quando a parte
inferior do cinto de segurança, que se prende às pernas, impede a circulação do
sangue e este se acumula nelas. Se estas não se movem, o sangue fica lá e o coração
não consegue bombear o sangue para a cabeça provocando a ¨intolerância ortostática¨ que se caracteriza por atordoamento, tremor, fadiga, dor de cabeça, fraqueza e desmaios.
Suspensão prolongada causada por sistemas de detecção de quedas pode causar a
intolerância ortostática que, por sua vez, pode resultar em perda de consciência
seguida por morte em menos de 30 minutos.
Para reduzir os riscos relacionados à suspensão inerte, provocada por cintos de segurança, o empregador deve implantar planos de emergência para impedir a suspensão prolongada identificando os sinais e
sintomas da intolerância ortostática e realizando o resgate e tratamento o mais rápido possível.
Quanto mais tempo a vítima ficar suspensa, sem se mover, maiores serão os riscos para sua saúde.
Vale lembrar que após o resgate as vítimas não devem ser deitadas na posição horizontal em nenhum momento, seja durante o resgate ou quando chegarem ao solo. A manobra correta é deixar a vítima na posição sentada, por pelo menos 20 minutos, mesmo se estiver inconsciente. Deixar de seguir estes procedimentos pós resgate pode causar danos à vítima e, às vezes, levar até a morte.


sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


NR 35:(COMENTADA)
5. Equipamentos de Proteção Individual, Acessórios e Sistemas de Ancoragem
5.1 Os Equipamentos de Proteção Individual - EPI, acessórios e sistemas de ancoragem devem ser especificados e selecionados considerando-se a sua eficiência, o conforto, a carga aplicada aos mesmos e o respectivo fator de segurança, em caso de eventual queda.
O fator de segurança estabelecido mínimo de 2,5:1, tendo como base de cálculo 6 kN, como força de impacto máximo permitida a ser transmitida ao trabalhador
A norma de absorvedor de energia e as de todos os modelos de trava queda testam os produtos dentro da pior situação possível e limitam a força de impacto gerada em 6 kN (600 Kgf). Existe uma discussão dentro do CB-32 para que seja revista e colocada em consulta pública a permissão de talabartes de segurança sem absorvedor de energia com até 0,9m para proteção de queda.
Outro fator que deve ser levado em conta na seleção do EPI.é o propósito do uso. Por exemplo nem todo trava quedas pode ser utilizado como equipamento de posicionamento.
5.1.1 Na seleção dos EPI devem ser considerados, além dos riscos a que o trabalhador está exposto, os riscos adicionais.
Em algumas circunstâncias os EPI devem, além de garantir a eficácia na retenção da queda do tabalhador,garantir que estes sejam adequados aos riscos adicionais que possam existir no local de trabalho.
5.2 Na aquisição e periodicamente devem ser efetuadas inspeções dos EPI, acessórios e sistemas de ancoragem, destinados à proteção de queda de altura, recusando-se os que apresentem defeitos ou deformações.
Antes do equipamento novo ou usado ser utilizado pela primeira vez por um usuário específico, esse usuário deve assegurar que seja apropriado para a aplicação pretendida, que funciona corretamente, e que está em boas condições.
Antes de usar um cinturão de segurança pela primeira vez é recomendável que o usuário seja ajudado na execução de um teste em um lugar seguro para assegurar que o cinturão é de tamanho correto, tem ajuste suficiente e um nível de conforto aceitável para o uso pretendido, inclusive suspensão.
5.2.1 Antes do início dos trabalhos deve ser efetuada inspeção rotineira de todos os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem.
Estas inspeções devem fazer parte da rotina de toda a atividade realizada em altura. Minuciosa verificação das condições de segurança e integridade de todos os dispositivos de segurança para o trabalho em altura deverão ser realizados pelo próprio trabalhador e quando possível também pelo supervisor.


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

NR 35 (COMENTADA)
NR 35:
1.2.1 Para trabalhos realizados em níveis iguais ou inferiores a 2,00 m (dois metros), onde haja risco de queda capaz de causar lesão ao trabalhador, deverão ser tomadas as medidas preventivas cabíveis.
Todas as atividades com risco para os trabalhadores devem ser precedidas de análise prévia e o trabalhador deve ser informado sobre estes riscos e sobre as medidas de proteção implantadas pela
empresa, conforme estabelece a NR.1. Independente do que estabelece a NR 35 as atividades desenvolvidas em altura igual ou inferior a 2,0 m que ofereçam risco ao trabalhador deverão receber tratamento que eliminem, reduzam ou neutralizem estes riscos.


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013


O Uso Correto de Talabartes Duplos


Por:Marcos Amazonas, Gerente Técnico |Trabalho em Altura |Honeywell Produtos de Segurança. 
O uso correto de talabartes duplos_Imagem 1 
O TALABARTE DENTRO DO SISTEMA
 O sistema individual de proteção de queda é formado por umdispositivo de ancoragem, um dispositivo de união e umcinturão paraquedista. O talabarte é um dispositivo de uniãodentro deste sistema e tem a função de conectar o trabalhadorà estrutura ou servir de elo entre o cinturão paraquedista e um dispositivo de ancoragem.
  









TALABARTES SIMPLES E DUPLOS
Os talabartes dividem-se em dois modelos com relação à sua estrutura: os simples e os duplos. Os simples são utilizados em situações onde o trabalhador não terá de soltar-se de um dispositivo de ancoragem para se conectar a outro. Ele ficará nomesmo lugar, como em uma  PTA (Plataforma deTrabalho Aéreo) ou conectar-se a um dispositivo móvel de ancoragem, emuma linha de vida horizontal, que oacompanhará onde existir o risco de queda de altura. O talabarte duplo é utilizado emsituações em que exista a necessidade de deslocamento por estruturas, sem uma linha de vida ou através de pontos fixos deancoragem.
                         
O uso correto de talabartes duplos_Imagem 2 e 3











100% DO TEMPO CONECTADO
O talabarte duplo possibilita um deslocamento onde o usuário permanece 100% do tempo conectado a um dispositivo deancoragem alternando sua conexão em pontos de ancoragem dispostos de forma planejada. Isso aumenta a segurança dotrabalhador, diferente de um talabarte simples, onde seria necessário soltar-se de um ponto para conectar-se ao próximo,expondo o usuário a um risco de queda momentâneo, o que é inaceitável!
  

TALABARTES “Y” e “V”
 Identificando melhor o talabarte duplo, aparecem algumas peculiaridades do equipamento, que devem ser entendidas para que não sejam criados novos riscos de trabalho. Existem dois tipos de talabartes duplos: Em “Y” e em “V” conforme ilustrações das figuras 4 e 5 respectivamente.
  O uso correto de talabartes duplos_Imagem 4 e 5 
















TIPO DO ABSORVEDOR DE ENERGIA
O absorvedor de impacto pode ser no formato de “pacote” onde a fita especial rompe-se após uma queda gerando ummecanismo de desaceleração. Em alguns produtos esse efeito pode ser alcançado durante o asgamento da costura em fitastradicionais, em outras situações a absorção de energia se dá em fitas especiais produzidas para esta finalidade. Em ambasas tecnologias o rompimento ocorre de forma controlada até que o usuário atinja a inércia. O talabarte com absorvedor depacote pode ser nos modelos “Y” (1 “pacote”) ou em “V” (2 “pacotes”). Outra tecnologia disponível no mercado consiste nainserção do absorvedor de energia dentro de uma fita tubular conforme ilustrado na figura 13. Este modelo é obrigatoriamenteem “V”, pois o absorvedor de impacto faz parte das próprias pernas dos talabartes. Em breve é possível que surjam outrasalternativas técnicas no mercado.

 O uso correto de talabartes duplos_Imagem 6









“PERNAS” DO TALABARTE
O talabarte duplo obrigatoriamente possui 3 pontas. Uma que deve ser conectada ao elemento de engate de retenção de quedado cinturão paraquedista e que fica no vértice do “Y” ou do “V” e as outras duas, que podem ser identificadas como “pernas” do talabarte a serem conectadas a um dispositivo de ancoragem. Aqui também é utilizada uma terminologia que facilita oentendimento da estrutura do talabarte e que pode ser identificado como uma utilização equivocada gerando riscosdesnecessários. Isso acontece quando o trabalhador, conecta uma das pernas no seu cinturão e a outra na ancoragemdeixando livre o vértice do “Y” ou do “V”. Quando utilizado desta maneira o talabarte passa a ter o dobro do seu tamanho,comprometendo a sua funcionalidade. Para quem está acostumado, isso parece impossível de acontecer! No entanto, trata-sede um risco existente e merece um alerta!

 O uso correto de talabartes duplos_Imagem 7













6kN
O dispositivo de união (neste caso o talabarte) é o componente do sistema individual de proteção de queda, responsável pelaabsorção do impacto. O valor aceitável a ser recebido pelo corpo da pessoa, que também é repassado ao dispositivo deancoragem é de 6kN. Esse pode variar de país para país em função das diferentes normas internacionais vigentes. É oabsorvedor que irá deformar-se de forma projetada, para reduzir a força dentro do mínimo espaço de frenagem. A falta de umabsorvedor de impacto pode gerar forças muito superiores a 6kN. A matéria prima do talabarte pode resistir ao alto impactogerado pela queda sem um absorvedor, porém, o ser humano não suporta. No Brasil, é proibida a utilização de talabartes semabsovedor de impacto para retenção de queda a menos que a aplicação seja especifica para trabalhos deposicionamento.


TALABARTE EM “Y”
Este modelo de talabarte possui um absorvedor de impacto comum para as suas “2 pernas” e, para que funcione corretamente,atente-se a alguns detalhes que devem ser respeitados:
Em muitas situações, o trabalhador tem uma das “pernas” do talabarte conectado à estrutura e a outra fica livre, fixada emalgum ponto do cinturão para que não o incomode. Aqui estáo maior problema: esta “perna” livre acaba por ser conectada em alguma parte estrutural do cinturão, assim como nas argolas (elementos de engate)de posicionamento ou nas fitas estruturais do cinturão. Caso venha a ocorrer uma queda, o absorvedor de energia pode não abrir-se por completo, o que afeta diretamentesua performance. Também pode fazer com que o trabalhador fique suspenso pelo ponto do cinturão onde a “perna”foi  fixada,deixando-o em uma péssima posição à espera de um resgate.
 O uso correto de talabartes duplos_Imagem 8











Veja que a abertura do absorvedor de energia (ver figura 9) pode ser maior do que a “perna” do talabarte e em caso de quedasua eficiência será comprometida caso seja feito um mal uso do talabarte. Devido a este fato, existem novos requisitos denorma, na Europa e nos Estados Unidos, que ensaiam os talabartes conectados por duas “pernas” de forma a identificar se existe a possibilidade de haver o rasgamento no vértice do produto, que pode causar a falha do talabarte.

 O uso correto de talabarte duplo_Imagem 9 (3)
  O uso correto de talabartes duplos_Tabela 1


















A forma correta de evitar este risco é fixar esta “perna”, que não está conectada à um ponto de ancoragem, em um localespecífico para isso, por exemplo a um porta-talabarte destacável ou alça destacável.


ALÇA DESTACÁVEL
Para que os riscos de ficar suspenso de forma inadequadaede receber um impacto muito alto sejam eliminados, foi desenvolvido pela Honeywell um ponto específico para porta-talabartes. Esta alça destacável não tem resistência para mais do que alguns quilos e se for acionada solta-se facilmente do cinturão. A alça destacável também protege o trabalhador quando a“perna” conectada ao cinturão (ou mesmo as duas quando não estiver trabalhando em altura) venha aengatar-se acidentalmente em alguma saliência.


 O uso correto de talabartes duplos_Imagem 10







TALABARTES EM “V”
Este modelo de talabate possui um absorvedor de impacto para cada “perna”, ou seja, dois absorvedores. Uma das vantagens deste modelo é que ele possui uma amplitude maior de alcance quando comparado ao modelo em “Y”, o que gera umaautonomia maior ao trabalhador.


O uso correto de talabarte duplo_Imagem 11 (3)










O risco neste caso pode ocorrer quando a pessoa está conectada às duas “pernas”de forma simultânea, ou seja, dois absorvedores de impacto. Foi visto acima que umabsorvedor é projetado para reetir na pessoa um impacto em torno de 6 kN. Então, se dois absorvedores de energia foremsolicitados por apenas uma pessoa, irão repassar um impacto mais alto. Em algum momento, durante um deslocamento,  otrabalhador terá que ficar conectado as duas “pernas” do talabarte em “V” e deverá estar ciente deste risco e não manter-senesta situação.


O uso correto de talabarte duplo_Imagem 12 (3)











O talabarte em “V” nãotem limitações comrelação a conexão da perna livre no cinturão, uma vez que cada perna possui seu próprio absorvedor deimpacto funcionando deforma independente.
É muito importante o trabalhador estar ciente deste risco, pois a sensação de estar mais protegido conectado pelas duas“pernas” não é verdadeira neste modelo de equipamento.
                        
  O uso correto de talabartes duplos_13












Não é possível identificar qual é o melhor modelo para cada realidade de trabalho. O importante é conhecer as característicasde cada um dos modelos e com isso identificar o mais adequado à demanda da sua empresa. A Honeywell está pronta paraauxiliar na escolha do equipamento correto e também para auxiliar na cultura de segurança, com informações técnicas e suporte.
Honeywell, protegemos mais que um trabalhador,estamos protegendo uma vida.




BIBLIOGRAFIA
•ANSI/ASSE Z359.13-2009 Personal EnergyAbsorbers and EnergyAbsorbing Lanyards.
• BS 8513:2009 Personal fall protection equipment –Twin-legged energy-absorbing lanyards – Specification.
• BS 8437:2005 Code of practice for selection, use and maintenance of personal fall protection systems and equip- ment foruse in the workplace.
• WAHSATechnical Guidance Note 4 “Guidance on the use of single and twin energy absorbing lanyards”



O Uso Correto de Talabartes Duplos


Por:Marcos Amazonas, Gerente Técnico |Trabalho em Altura |Honeywell Produtos de Segurança. 
O uso correto de talabartes duplos_Imagem 1 
O TALABARTE DENTRO DO SISTEMA
 O sistema individual de proteção de queda é formado por umdispositivo de ancoragem, um dispositivo de união e umcinturão paraquedista. O talabarte é um dispositivo de uniãodentro deste sistema e tem a função de conectar o trabalhadorà estrutura ou servir de elo entre o cinturão paraquedista e um dispositivo de ancoragem.
  









TALABARTES SIMPLES E DUPLOS
Os talabartes dividem-se em dois modelos com relação à sua estrutura: os simples e os duplos. Os simples são utilizados em situações onde o trabalhador não terá de soltar-se de um dispositivo de ancoragem para se conectar a outro. Ele ficará nomesmo lugar, como em uma  PTA (Plataforma deTrabalho Aéreo) ou conectar-se a um dispositivo móvel de ancoragem, emuma linha de vida horizontal, que oacompanhará onde existir o risco de queda de altura. O talabarte duplo é utilizado emsituações em que exista a necessidade de deslocamento por estruturas, sem uma linha de vida ou através de pontos fixos deancoragem.
                         
O uso correto de talabartes duplos_Imagem 2 e 3











100% DO TEMPO CONECTADO
O talabarte duplo possibilita um deslocamento onde o usuário permanece 100% do tempo conectado a um dispositivo deancoragem alternando sua conexão em pontos de ancoragem dispostos de forma planejada. Isso aumenta a segurança dotrabalhador, diferente de um talabarte simples, onde seria necessário soltar-se de um ponto para conectar-se ao próximo,expondo o usuário a um risco de queda momentâneo, o que é inaceitável!
  

TALABARTES “Y” e “V”
 Identificando melhor o talabarte duplo, aparecem algumas peculiaridades do equipamento, que devem ser entendidas para que não sejam criados novos riscos de trabalho. Existem dois tipos de talabartes duplos: Em “Y” e em “V” conforme ilustrações das figuras 4 e 5 respectivamente.
  O uso correto de talabartes duplos_Imagem 4 e 5 
















TIPO DO ABSORVEDOR DE ENERGIA
O absorvedor de impacto pode ser no formato de “pacote” onde a fita especial rompe-se após uma queda gerando ummecanismo de desaceleração. Em alguns produtos esse efeito pode ser alcançado durante o asgamento da costura em fitastradicionais, em outras situações a absorção de energia se dá em fitas especiais produzidas para esta finalidade. Em ambasas tecnologias o rompimento ocorre de forma controlada até que o usuário atinja a inércia. O talabarte com absorvedor depacote pode ser nos modelos “Y” (1 “pacote”) ou em “V” (2 “pacotes”). Outra tecnologia disponível no mercado consiste nainserção do absorvedor de energia dentro de uma fita tubular conforme ilustrado na figura 13. Este modelo é obrigatoriamenteem “V”, pois o absorvedor de impacto faz parte das próprias pernas dos talabartes. Em breve é possível que surjam outrasalternativas técnicas no mercado.

 O uso correto de talabartes duplos_Imagem 6









“PERNAS” DO TALABARTE
O talabarte duplo obrigatoriamente possui 3 pontas. Uma que deve ser conectada ao elemento de engate de retenção de quedado cinturão paraquedista e que fica no vértice do “Y” ou do “V” e as outras duas, que podem ser identificadas como “pernas” do talabarte a serem conectadas a um dispositivo de ancoragem. Aqui também é utilizada uma terminologia que facilita oentendimento da estrutura do talabarte e que pode ser identificado como uma utilização equivocada gerando riscosdesnecessários. Isso acontece quando o trabalhador, conecta uma das pernas no seu cinturão e a outra na ancoragemdeixando livre o vértice do “Y” ou do “V”. Quando utilizado desta maneira o talabarte passa a ter o dobro do seu tamanho,comprometendo a sua funcionalidade. Para quem está acostumado, isso parece impossível de acontecer! No entanto, trata-sede um risco existente e merece um alerta!

 O uso correto de talabartes duplos_Imagem 7













6kN
O dispositivo de união (neste caso o talabarte) é o componente do sistema individual de proteção de queda, responsável pelaabsorção do impacto. O valor aceitável a ser recebido pelo corpo da pessoa, que também é repassado ao dispositivo deancoragem é de 6kN. Esse pode variar de país para país em função das diferentes normas internacionais vigentes. É oabsorvedor que irá deformar-se de forma projetada, para reduzir a força dentro do mínimo espaço de frenagem. A falta de umabsorvedor de impacto pode gerar forças muito superiores a 6kN. A matéria prima do talabarte pode resistir ao alto impactogerado pela queda sem um absorvedor, porém, o ser humano não suporta. No Brasil, é proibida a utilização de talabartes semabsovedor de impacto para retenção de queda a menos que a aplicação seja especifica para trabalhos deposicionamento.


TALABARTE EM “Y”
Este modelo de talabarte possui um absorvedor de impacto comum para as suas “2 pernas” e, para que funcione corretamente,atente-se a alguns detalhes que devem ser respeitados:
Em muitas situações, o trabalhador tem uma das “pernas” do talabarte conectado à estrutura e a outra fica livre, fixada emalgum ponto do cinturão para que não o incomode. Aqui estáo maior problema: esta “perna” livre acaba por ser conectada em alguma parte estrutural do cinturão, assim como nas argolas (elementos de engate)de posicionamento ou nas fitas estruturais do cinturão. Caso venha a ocorrer uma queda, o absorvedor de energia pode não abrir-se por completo, o que afeta diretamentesua performance. Também pode fazer com que o trabalhador fique suspenso pelo ponto do cinturão onde a “perna”foi  fixada,deixando-o em uma péssima posição à espera de um resgate.
 O uso correto de talabartes duplos_Imagem 8











Veja que a abertura do absorvedor de energia (ver figura 9) pode ser maior do que a “perna” do talabarte e em caso de quedasua eficiência será comprometida caso seja feito um mal uso do talabarte. Devido a este fato, existem novos requisitos denorma, na Europa e nos Estados Unidos, que ensaiam os talabartes conectados por duas “pernas” de forma a identificar se existe a possibilidade de haver o rasgamento no vértice do produto, que pode causar a falha do talabarte.

 O uso correto de talabarte duplo_Imagem 9 (3)
  O uso correto de talabartes duplos_Tabela 1


















A forma correta de evitar este risco é fixar esta “perna”, que não está conectada à um ponto de ancoragem, em um localespecífico para isso, por exemplo a um porta-talabarte destacável ou alça destacável.


ALÇA DESTACÁVEL
Para que os riscos de ficar suspenso de forma inadequadaede receber um impacto muito alto sejam eliminados, foi desenvolvido pela Honeywell um ponto específico para porta-talabartes. Esta alça destacável não tem resistência para mais do que alguns quilos e se for acionada solta-se facilmente do cinturão. A alça destacável também protege o trabalhador quando a“perna” conectada ao cinturão (ou mesmo as duas quando não estiver trabalhando em altura) venha aengatar-se acidentalmente em alguma saliência.


 O uso correto de talabartes duplos_Imagem 10







TALABARTES EM “V”
Este modelo de talabate possui um absorvedor de impacto para cada “perna”, ou seja, dois absorvedores. Uma das vantagens deste modelo é que ele possui uma amplitude maior de alcance quando comparado ao modelo em “Y”, o que gera umaautonomia maior ao trabalhador.


O uso correto de talabarte duplo_Imagem 11 (3)










O risco neste caso pode ocorrer quando a pessoa está conectada às duas “pernas”de forma simultânea, ou seja, dois absorvedores de impacto. Foi visto acima que umabsorvedor é projetado para reetir na pessoa um impacto em torno de 6 kN. Então, se dois absorvedores de energia foremsolicitados por apenas uma pessoa, irão repassar um impacto mais alto. Em algum momento, durante um deslocamento,  otrabalhador terá que ficar conectado as duas “pernas” do talabarte em “V” e deverá estar ciente deste risco e não manter-senesta situação.


O uso correto de talabarte duplo_Imagem 12 (3)











O talabarte em “V” nãotem limitações comrelação a conexão da perna livre no cinturão, uma vez que cada perna possui seu próprio absorvedor deimpacto funcionando deforma independente.
É muito importante o trabalhador estar ciente deste risco, pois a sensação de estar mais protegido conectado pelas duas“pernas” não é verdadeira neste modelo de equipamento.
                        
  O uso correto de talabartes duplos_13












Não é possível identificar qual é o melhor modelo para cada realidade de trabalho. O importante é conhecer as característicasde cada um dos modelos e com isso identificar o mais adequado à demanda da sua empresa. A Honeywell está pronta paraauxiliar na escolha do equipamento correto e também para auxiliar na cultura de segurança, com informações técnicas e suporte.
Honeywell, protegemos mais que um trabalhador,estamos protegendo uma vida.




BIBLIOGRAFIA
•ANSI/ASSE Z359.13-2009 Personal EnergyAbsorbers and EnergyAbsorbing Lanyards.
• BS 8513:2009 Personal fall protection equipment –Twin-legged energy-absorbing lanyards – Specification.
• BS 8437:2005 Code of practice for selection, use and maintenance of personal fall protection systems and equip- ment foruse in the workplace.
• WAHSATechnical Guidance Note 4 “Guidance on the use of single and twin energy absorbing lanyards”