domingo, 10 de junho de 2012

MATERIAL COLETIVO DE SALVAMENTO EM ALTURAS
Cordas
Fabricação
Geralmente, as cordas utilizadas nas atividades de salvamento em alturas possuem
diâmetro entre 9 e 12 milímetros, e possuem as seguintes configurações:
a) Cordas torcidas: são fabricadas enrolando as fibras em fios, os fios em cordões, e os cordões se enrolam até formarem a corda. Possuem a vantagem de permitirem a
visualização de toda a corda e o inconveniente de todas as fibras estarem
submetidas à abrasão. Sob baixa tensão, como no rapel negativo, tendem a girar; e
são propensas a enrijecerem, além de dificultarem a confecção de nós e
amarrações;
b) Cordas de 8 ou 16 pernas trançadas: são fabricadas trançando oito ou dezesseis
fibras de nylon ou polietileno. Vantagens: boa resistência à abrasão e grande carga
de ruptura. Desvantagens: são suscetíveis ao encolhimento e formam “cocas”
facilmente;
c) Cordas com alma e capa: Neste grupo se encontram as cordas dinâmicas e
estáticas, largamente empregadas nas atividades de salvamento em alturas. A alma
é responsável por 80-85% de sua carga de ruptura. A capa suporta 15-20% da
carga, além de proteger a corda contra a abrasão e a contaminação por sujidades e
produtos químicos. Vantagens: alta carga de ruptura, as fibras da alma são tão
largas quanto à corda, tato muito suave, excelente para confecção de nós mais
apertados que as cordas trançadas. Possuem uma elasticidade mínima sob tensão,
mas com cargas pesadas sofrem um alongamento de 40 a 70% antes de se
romperem. A capa oferece um bom parâmetro de manutenção, pois se ela apresenta
deformidades ou falhas, a corda deve ser descartada;
 Manutenção e Acondicionamento
As cordas apresentam uma longa vida útil, se bem manutenidas e acondicionadas, quer seja no seu armazenamento ou transporte. Para tanto, devemos nos ater aos seguintes parâmetros:
a) Não pisar ou permitir que grandes pesos sejam postos sobre as cordas;
b) Evitar que a corda tenha contato prolongado com areia ou terra, uma vez que os
grãos se incrustam entre as fibras da corda e podem causar o cisalhamento da
mesma;
c) Não deixar a corda sob o sol por intervalos de tempo prolongado;
d) Não permanecer a corda sob tensão desnecessariamente. Após o encerramento das atividades com as cordas, os sistemas de ancoragens devem ser desmontados ou
afrouxados;
e) Não sobrecarregar os nós e as amarrações;
f) Não trabalhar, dentro do possível, com as cordas molhadas;
g) Evitar o aquecimento da capa da corda, com uma descida rápida de rapel, por
exemplo, pois tal aquecimento pode cristalizar as fibras da capa e diminuir sua
resistência (lembrar que 15 a 20% da resistência de uma corda se concentra em sua
capa);h) Não permitir que as cordas entrem em contato com produtos químicos, incluindo os derivados de petróleo, como querosene, gasolina ou diesel;
i) Se as cordas estiverem sujas, lavá-las com detergente neutro, e secá-las estendidas
sob a sombra, sem tensão;
j) E, principalmente, evitar a abrasão das cordas com arestas vivas, o que pode causar
inesperadamente a sua ruptura. As cordas são mais vulneráveis ao corte sob tensão
do que as fitas.
k) As cordas devem ser acondicionadas em um local seco e limpo, longe da umidade e
da luz solar, podendo ser utilizados os seguintes métodos:
i) Oito: método para cordas estáticas com comprimento acima de 50 metros;
ii) Anel ou Coroa: para cordas dinâmicas ou para cordas estáticas com
comprimento inferior a 50 metros;
iii) Andino ou charuto: utilizado principalmente em operações em montanha, em
que a corda deve estar firmemente atada ao corpo do bombeiro que a estiver
transportando;
iv) Corrente: para diminuir o comprimento dos cabos. Utilizada em situações que
haja dificuldade de lançar a corda através do método tradicional. Num rapel em
uma montanha, por exemplo, o bombeiro desce safando a corda, a fim de evitar
que ela se enrole em alguma raiz ou gravatá;
v) Sacola: método empregado para acomodar cabos para as atividades com o
emprego em aeronaves e em tentativas de suicídio.


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